quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

EDUCAÇÂO

DUCAÇÃO

Municipalizar é o caminho

Nas mãos dele, está o maior orçamento entre as secretarias catarinenses. Desafios aguardam o novo secretário Marco Tebaldi (PSDB), como a municipalização do ensino fundamental e a implantação da meritocracia

Jornal de Santa Catarina - Quais serão as primeiras ações como secretário da Educação?

Marco Tebaldi -
Preparar o início das aulas no dia 7 de fevereiro. E, depois, há uma série de medidas que vamos tomar. A questão do transporte escolar, por exemplo. A ideia é conversar com o presidente da Federação Catarinense de Municípios, prefeito Saulo Sperotto, e montar uma comissão. Outra questão: o piso dos professores. A secretaria diz que atendemos o piso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação diz que não. A sociedade tem que ter certeza.

Santa - Qual será a prioridade?

Tebaldi -
É o ensino. Fiquei até feliz que o meu adjunto (Eduardo Deschamps) é uma pessoa que veio do ensino, foi reitor da Furb. Acho que vai ajudar bastante a gente. Temos que ter edificações de qualidade, professores capacitados e qualificados, condições para o aluno aprender.

Santa - Há prioridade para algum dos níveis?

Tebaldi -
Nosso foco principal é o médio. A ideia é que o fundamental, aos poucos, vá passando aos municípios. Vamos dar um enfoque muito grande para o Ensino Profissionalizante.

Santa - Com relação a essa proposta de passar o Ensino Fundamental para os municípios, na gestão passada havia um projeto no Legislativo. O senhor pretende retomar?

Tebaldi -
Vamos dar encaminhamento. A ideia é que nos municípios onde o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) seja melhor do que o do Estado, a gente deve tentar.

Santa - E como ficam os professores concursados?

Tebaldi -
Do primeiro ao quinto ano, não teria muito problema pois o Estado não faz concurso há muito tempo, os professores são ACTs. Quando o ensino passar para os municípios, eles serão desligados. E os que são efetivos passarão para as turmas de sexto ao nono ano.

Santa - E num segundo momento, com a municipalização do ensino do sexto ao nono ano, como ficariam os professores concursados do Estado?

Tebaldi -
Esses professores dariam aulas no município mas ficariam vinculados à rede estadual. E o município pagaria. Aí, a partir do momento que eles fossem se aposentando, viriam para o regime de aposentadoria do Estado.

Santa - O projeto será encaminhado este ano?

Tebaldi -
Já nos primeiros meses de governo.

Santa - Na campanha, o governador Colombo falou muito na meritocracia. Como será colocado em prática?

Tebaldi
-
Por exemplo, oferecer um prêmio para aquele professor ou escola que tiver um rendimento melhor. Precisamos reduzir as faltas de professores. Então, talvez, professor que não falte possa ter também um bônus.

Santa - Sobre evasão escolar, há especialistas que apontam que menos de 50% de jovens entre 15 e 19 anos estão na escola. O que fazer?

Tebaldi -
Valorizar o Ensino Médio, fazer com que o estudante possa fazer junto o Ensino Profissionalizante para que tenha trabalho.

Santa - Existe algum projeto de preparação de estudantes para o vestibular?

Tebaldi -
Temos uma parceria com a universidade federal, que tem um curso pré-vestibular gratuito. Queremos ampliar para atender, neste ano, pelo menos 5 mil estudantes carentes.

Santa - Que medidas serão tomadas para solucionar o problema da violência nas escolas?

Tebaldi -
Sistema por monitoramento de câmeras. Ainda temos que estudar, porque elas não podem tirar a privacidade. A ideia é criar um link com os pais, via internet, para que eles possam acompanhar de casa como está o filho na escola. E depois podemos ter parcerias com a polícia para evitar drogas ao redor.

Santa - A adaptação de primeira a oitava série para primeiro a nono ano no Ensino Fundamental gerou a aprovação automática de crianças. O senhor concorda?

Tebaldi -
Concordo.

Santa - Mas e se a criança não aprendeu?

Tebaldi -
Não adianta reprovar o aluno. Tem que fazer com que ele acompanhe. Se ele não estiver aprendendo, tem que dar um atendimento especial para identificar qual o problema e fazer com que consiga acompanhar a classe.

Santa - Daqui a quatro anos, o que o senhor pretende deixar como legado na secretaria?

Tebaldi -
Que os indicadores mostrem que melhoramos a qualidade do ensino, que reduzimos o número de analfabetos, que os prédios públicos estejam melhores. Se esses indicadores forem favoráveis, eu saio realizado.
QUEM É ELE
Marco Tebaldi (PSDB) nasceu em Erechim (RS). Formou-se em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UFSC, onde foi professor
- Na Secretaria de Educação, o tucano deve trazer a experiência de gestão como prefeito para encarar os desafios da pasta. Tebaldi fez carreira política em Joinville. Em 2002, quando LHS renunciou ao mandato para concorrer ao governo do Estado, Tebaldi assumiu a prefeitura. Ele se reelegeu em 2004. No ano passado, buscou uma vaga na Câmara Federal e foi eleito com 100.839 votos
- Apesar da resistência do ex-secretário da Educação Paulo Bauer (PSDB) o secretário foi indicado pela bancada estadual do partido. A nomeação é considerada mais política que técnica


MINHA RESPOSTA:

Sou professora a quase 30 anos...(estadual)
Queria perguntar ao Secretario, se ele tem conhecimento da educação enquanto rede estadual do nosso estado?
Como dizer se o aluno não aprende, terá ajuda....gostaria de saber de quem?
Faltam professores.
A direção de uma escola é uma indicação política...o único critério é que seja concursado...ahhh tem outro, que seja filhado  a um partido da coligação que elegeu o governador.
Nunca se levou em conta a capacidade de liderança desse profissional.
O governo briga na justiça para não pagar o piso nacional.
A contratação de ACTs  só pode ser feita do dia 30 ao dia 5 de cada mês...
Se por ventura um professor ficar doente no dia 6 os alunos ficarão sem aula até o dia 30, porque ninguém paga este profissional se começar antes.
Leio ali quer a escolha do secretário foi uma opção política e não técnica...
Tudo bem nada contra de ser político...mas que tenha conhecimento na área que vai atuar.
Vejo com tristeza os horizontes da educação em SC...
Falta de professor;
Falta de comprometimento de que inicia hoje na maioria dos casos.
Falta de conhecimento, quanto como trabalhar com crianças e adolescentes.
Até falta de conhecimento do próprio conteúdo.
Vi minha mãe lutar uma vida toda...
Eu segui este caminho e sempre tento dar o melhor de mim...porque não trabalho para o governo e sim para a minha comunidade.
Estou cansada de ver gente que nunca entrou numa escola para ver o trabalho que se faz, e ditar normas que alguém disse que era assim.
Tenho pouco tempo...
Estou chegando no final da minha carreira...final já cheguei a muito tempo...
Esse plano de carreira ...limita
Não me fez parar no tempo não.
Ainda tenho sonhos...

Professora Marili.
29 anos de dedicação ao magistério em tempo integral na sala de aula.

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