quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CASSIANO

       O Cântico da Terra

...
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.


Cora Coralina




Lula

Valeu, Lula!

Imagem: Folha de S.Paulo
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Camista divulgada no Facebook
Camisetalula

Carta de representantes da sociedade civil à Presidente Dilma Roussef e à Ministra da Cultura Ana Buarque de Hollanda

29 de Dezembro de 2010, por Brunna Rosa - Sem comentários ainda
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Nós, pessoas e organizações da sociedade civil abaixo-assinadas, explicitamos nesta carta expectativas e pautas relativas à formulação de politicas públicas para a cultura, dando as boas-vindas à Ministra Ana de Hollanda, primeira mulher a ocupar o cargo.
Escrevemos no intuito de cooperar com sua gestão que se inicia, como vimos fazendo nos últimos oito anos de Ministério da Cultura, certos de que a presidente Dilma deseja que as políticas e diretrizes que fizeram o MinC ganhar relevância, projeção e amplo apoio da sociedade civil sejam continuadas e expandidas.
A esse respeito, a presidenta Dilma, bem como o ex-presidente Lula, participaram ativamente nos últimos anos do Fórum Internacional Software Livre em Porto Alegre, onde deixaram claro sua política a respeito da internet, da cultura digital e dos direitos autorais.
Nesse contexto, nos últimos anos, a sociedade civil teve a oportunidade de construir um importante trabalho junto ao governo, que parte de uma visão contemporânea para a formulação de políticas públicas para a cultura. Essa visão considera que nos últimos anos, por causa do avanço das tecnologias da informação e dos programa de inclusão digital, um contingente de milhões de novos criadores passou a fazer parte do tecido cultural brasileiro. São criadores que acessam a rede através das mais de 100 mil lan-houses de todo o país, através dos Pontos de Cultura ou outros programas de inclusão digital, cada um deles exercendo um papel determinante para a formação da cultura do país.
Os Pontos de Cultura, o Fórum da Cultura Digital, o Fórum de Mídia Livre, o desenvolvimento de softwares livres, a iniciativa de revisão da lei de direitos autorais, a recusa a propostas irracionais de criminalização da rede, a construção do Marco Civil da Internet e a rejeição ao ACTA, são exemplos reconhecidos dessa política inclusiva e voltada para o presente, fundamentada na garantia do direito de acesso à Rede e ao conhecimento, viabilizando um ambiente de produção cultural fértil e inovador.
Os pontos positivos dessa política têm sido percebidos tanto no Brasil quanto no exterior, onde o país tem exercido liderança na tentativa de alinhar países em torno da implementação dos pontos da Agenda do Desenvolvimento, visando balancear o sistema internacional de propriedade intelectual de acordo com os diferentes estágios de desenvolvimento dos países e com as novas formas de produção cultural que as tecnologias possibilitam. O país também tem sido frequentemente citado no cenário internacional [1] como referência positiva sobre o uso das tecnologias para a formulação colaborativa e democrática de políticas públicas nessas áreas.
Com sucesso, o país tem dado passos substanciais ao considerar que as tecnologias da informaçao e comunicação desenvolvidas nos últimos anos trazem novos paradigmas para a produção e difusão do conhecimento, com os quais as políticas públicas no âmbito da cultura devem necessariamente dialogar.
Vivemos um momento em que são muitas as tentativas de cerceamento à criatividade, à abertura e à neutralidade da internet. No Brasil, isso se manifesta na chamada “Lei Azeredo” (PL 84/99), assim conhecida por conta de seu principal apoiador, o ex-Senador Eduardo Azeredo. Tal proposta encontrou relevante resistência por parte da sociedade civil. Apenas uma petição alcançou mais de 160 mil assinaturas contrárias, o que fez com que sua aprovação fosse devidamente suspensa e um debate maior iniciado.
Entendemos que a legislação de direitos autorais atualmente em vigor no Brasil é inadequada para representar a pluralidade de interesses e práticas que giram em torno das economias intelectuais. A esse respeito, a lei brasileira adota padrões exacerbados de proteção, sendo significativamente mais restritiva do que o exigido pelos tratados internacionais ou mesmo que a legislação da maior parte dos países desenvolvidos (como EUA e Europa). Com isso, ela representa hoje significativos entraves para a educação, inovação, desenvolvimento e o acesso, justo ou remunerado, às obras intelectuais.
Há também a necessidade de regulação do ECAD – entidade que arrecada mais de R$400 milhões por ano, em nome de todos os músicos do país e cujas atividades não estão sujeitas a nenhum escrutínio público. Vale lembrar que o ECAD foi alvo de CPIs, bem como encontra-se sob investigação da Secretaria de Direito Econômico, por suspeita de conduta lesiva à concorrência. Acreditamos que garantir maior transparência e escrutínio ao seu funcionamento só trará benefícios para toda a cadeia da música no país, fortalecendo o ECAD enquanto instituição e dificultando sua captura por grupos particulares.
A esse respeito, o MinC realizou extensivo processo de consulta pública para a reforma da Lei de Direitos Autorais, que teve curso ao longo dos últimos anos, contando com seminários e debates realizados em todo o país. Esse processo, concluído ainda em 2010, culminou com a consulta pública para a reforma da Lei de Direitos Autorais, realizada oficialmente pela Casa Civil através da internet.
Os resultados, tanto dos debates como da consulta pública, são riquíssimos. A sociedade brasileira teve a inédita oportunidade de participar e opinar sobre esse tema, e foram muitas as contribuições fundamentadas, de grande peso. Tememos agora que todo esse processo seja ignorado. Ou ainda, que a participação ampla e aberta da sociedade seja substituída por “comissões de notáveis” ou “juristas” responsáveis por dar sua visão parcial sobre o tema. A sociedade brasileira e todos os que tiveram a oportunidade de se manifestar ao longo dos últimos anos não podem e nem devem ser substituídos, menosprezados ou ignorados. O processo de reforma da lei de direitos autorais deve seguir adiante com base nas opiniões amplamente recebidas. Esse é o dever republicano do Ministério da Cultura, independentemente da opinião pessoal daqueles que o dirigem.
Os últimos anos viram um avanço significativo na assimilação por parte do Ministério da Cultura da importância da cultura digital. Esse é um caminho sem volta. Cada vez mais o ambiente digital será determinante e influente, tanto do ponto de vista criativo quanto econômico, na formação da cultura. Dessa forma, é fundamental que o Ministério da Cultura esteja capacitado e atuante para lidar com questões como o software livre, os modelos de licenciamento abertos, a produção colaborativa do conhecimento, as novas economias derivadas da digitalização da música, dos livros e do audiovisual e assim por diante. Muito avanço foi feito nos últimos anos. E ainda há muito a ser feito. Uma mudança de direção por parte do MinC implica perder todo o trabalho realizado, bem como perder uma oportunidade histórica do Brasil liderar, como vem liderando, essa discussão no plano global. Mostrando caminhos e alternativas racionais e inovadores, sem medo de inovar e sem se ater à influência dos modelos pregados pela indústria cultural dos Estados Unidos ou Europa.
Por tudo isso, confiamos que a Ministra da Cultura terá a sensibilidade de entender as transformações que a cultura sofreu nos últimos anos. E que velhas fórmulas não resolverão novos problemas.
Permanecemos à disposição para dar continuidade à nossa cooperação com o Ministério da Cultura, na certeza de que podemos compartilhar nossa visão e objetivos.
Confira também o site "Carta Aberta"

domingo, 19 de dezembro de 2010

Fantoche





Fantoche


Papai Noel, porque seu preconceito?
Porque esta arrogância que te cobre?
Porque se acha sempre no direito
De nunca visitar casa de pobre?

Quando se é criança , não tem jeito!
Se sua existência ela descobre
Bate o coraçãozinho, bate o peito
Sonhando que brinquedo algum lhe sobre.

Porque não existe só criança rica,
Criança quando é pobre também fica
A chamar-te, mas a esta tu ti emudas.

Exponho a indignação que me infesta,
Quando no sábado de aleluia em festa,
Te malho, enquanto outros malham Judas.

.
Jenario de Fátima
.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rute, a Moabita



Rute, a Moabita


Forasteira, estrangeira
Entregou-se por inteira
Com tão imensa Fé.
Hoje, ela adora e teme
O Senhor Deus de Noeme,
Poderoso Jeová, Javé

Essa Rute moabita,
Viúva de israelita,
Carente ficou sem chão,
Mas valente, decidida
Vai viver uma nova vida
Em Belém, casa do Pão

Essa Rute, forasteira moabita
Já não anda mais pra lá e pra cá.
Ali pras bandas da terra belemita
Vai dar origem a Estrela Bendita
Do Rei Eterno, o Leão de Judá

Em Belém Rute guerreira
Se tornou uma trigueira
Nos campos de Boaz
Um sujeito aparentado
Que apesar de endinheirado
Era humilde até demais

Esses dois se apaixonaram
E logo depois casaram
Diante do Deus Javé
Que mais tarde lhes concede
Um filho chamado Obede
Que vem ser pai de Jessé

Moabita de belíssima aparência
É dela na verdade que advém
A linhagem ancestral, descendência
Da Estrela que teve a preferência
De brilhar pra Davi em Belém


Jetro Fagundes





segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poesias de Cecilia Fidelli1 0001

10 de dezembro de 2010 | N° 16545
DAVID COIMBRA

Uma lágrima no sinal vermelho

Vi o que vi debaixo do sinal vermelho de uma esquina da José de Alencar, perto do Olímpico. Aconteceu dias atrás, num desses dias azuis e amarelos de quase verão. Fazia uma tarde amena de sol, por isso estava com os vidros abertos, o que é raro. O sinal demorava a trocar. Lancei um olhar distraído por cima do ombro direito. O olhar espreguiçou-se para o mundo exterior e esbarrou no carro ao lado.

Então a vi.

Ela também mantinha os vidros abaixados. Havia apoiado o cotovelo na janela e a concha da mão cobria a orelha. Dentro da mão, um celular. Ela não falava; ouvia. E chorava.

A face esquerda do rosto reluzia das lágrimas que lhe caíam do canto do olho.

Fiquei chocado. Porque não havia lógica na cena. Não era uma jovem que chorava, mas uma senhora em idade madura, 60 anos, talvez. Fosse uma garota, seria mais verossímil. Uma garota chora se é rejeitada pelo namorado, ou se briga com o pai, ou se discute com uma amiga.

Uma mulher feita, em geral, já chorou o pranto que lhe cabia. Ela fica triste, ela fica amargurada ou fica até depressiva, mas é incomum que chore em campo aberto, acessível aos olhares que partem dos carros ao lado.

Só que ela chorava ali, sob o sinal.

Observei-a sem pudor, certo de que não havia reparado em mim. Desliguei o rádio do carro e apurei o ouvido. Por algum motivo, precisava de uma pista sobre com quem ela falava. O sinal ficou verde. Ela se aprumou no banco e engatou a primeira marcha. Ia-se embora, mas, antes de arrancar, balbuciou uma frase, a única que consegui captar:

– Está bem, meu filho...

E se foi, ziguezagueando pela floresta de lata do trânsito.

“Está bem, meu filho.” O filho a magoara, a ponto de ela chorar na rua. Lembrei de Maomé, o Profeta, que ensinou: “O paraíso está ao pé da mãe”. Lembrei de Freud, que disse não existir nenhum sentimento tão poderoso, tão incondicional, tão desprovido de agressividade como o da mãe pelo filho homem. E o filho homem reconhece esse sentimento, e esse sentimento se transforma na sua referência emocional sobre a Terra. Não é por acaso que os soldados feridos de morte, desamparados no campo de batalha, gritam pela mãe. Homens adultos clamando pela mãe feito meninos no escuro do quarto.

Também não foi por acaso que, dias atrás, um filho pediu que a mãe o ajudasse a ocultar o cadáver de uma moça que ele havia assassinado, e a mãe o atendeu.

Constatei eu mesmo a força desse sentimento nas vezes em que fui fazer palestras na Fase. Os meninos delinquentes lá recolhidos, meninos bandidos, muitos deles perigosos, eles, quando tentam se tornar pessoas melhores, o fazem pensando na mãe. A mãe faz com que se importem consigo mesmos. Porque é assim: você só quer ser melhor do que é por causa do amor dos outros.

Aquela mãe que chorava sob o semáforo, ela parecia ser esse tipo de mãe amorosa, que é capaz de morrer pelo filho. Por que, então, ele a fizera chorar? Poucas coisas são mais tristes para um filho do que causar desgosto a sua mãe.

Fiquei triste por aquela mulher que chorava e pelo filho que motivara o choro. No futuro, tenho certeza, ele vai lamentar aquele diálogo via celular. Gostaria de poder fazer algo a respeito. Bem... fiz. Liguei para a minha mãe.


Postado por Blogger no Entrelacos em 12/10/2010 03:23:00 AM

G Ê N E S I S

G Ê N E S I S

 

Gênesis…

a criação de todo o Universo,

de todos os seres vivos ou inanimados,

da forma mais poética e deslumbrante!

Uma sinfonia de amor sem precedentes…

o Criador se extasia diante

do Planeta Terra !


 

O PRIMEIRO POETA


Quero falar do primeiro Sonhador…
Do romântico Poeta, que antes de todos fez seu verso;
Não somente sonhou, como tornou real Seu grande sonho,
Criando, infindável, o Universo!

E em meio as trevas sombrias, que antes imperavam,
Tudo eclodiu, fantástico, esplendente!
E na explosão estrondosa, do imensurável “Big Bang”,
Galáxias bailaram em caracóis fulgentes!

Planetas e astros formaram as constelações
E demarcaram o céu em grupos majestosos!
Mas… Menina dos olhos de Deus, girou tão graciosa
A Terra Azul, com seus tesouros fabulosos!

Estava iluminado o grande abismo…O primeiro dia nasceu…
Nasceu o Sol… nasceu também a Estrela Matutina…
Florestas se fizeram verdes… Na encosta dos montes,
Jorraram veios de água cristalina;

Fontes de vida perene, termas, gêiseres, enfim,
Cascatas, rios e mares correram e se condensaram.
-Riqueza hídrica, um bem tão farto e precioso-
E nessas águas, doces ou salgadas, mil seres habitaram.

Por entre os arco-íris, abriram-se miríades de flores,
Saborosos frutos despontaram com fartura;
Rica, a biodiversidade emanou em cores,
Dando também som e forma a cada planta, a cada criatura.

O primeiro pássaro cantou… Um outro acompanhou…
E ouviram-se as vozes de tantos outros pequenos animais;
Serenata de cigarras… rugir de grandes feras
Tudo formou-se com encanto… Deus sonhou demais!

Remanescentes do etéreo, ambiências diversas se criaram
para a sincronia perfeita e sucessiva das Quatro Estações;
E assim, composta em versos sonoros, plenos de magia,
A sinfonia do amor estava escrita em notas e sermões.

Faltava, entanto, alguém, no Paraíso Azul deste Planeta,
Terra aprazível e tão linda, qual fora uma miragem!
E a Face de Deus, como a conheceríamos, não fosse
Através da criação do homem, Sua própria imagem?

Num sopro de vida, lhe deu poder, inteligência e força!
Inexplicável e perfeita, Sua Obra de mistérios insondáveis…
Tudo foi criado… E todos os seres se proliferaram…
Mas, tratando-se de homens, nem todos foram gratos ou amáveis;

E a Terra Azul hoje se sente frágil, chora…
A natureza toda, enfraquecida, clama por vingança!
O homem se tornou cruel, ambicioso e vil,
E a Terra sente falta do seu filho quando era ainda uma criança.

Não entende porque agora o homem,
A quem tudo foi tão grandemente, de mãos abertas concedido,
Agride o próprio meio em que vive! Não sabe, louco,
Que por ferir a natureza, um dia tombará também, ferido?

A natureza se exaure! Não consegue repor as suas perdas,
O que lhe foi tirado em meio a esse conflito.
Tenhamos consciência de parar enquanto é tempo,
Pois preservar a vida, traz a paz… e o mundo fica mais bonito!

Mírian Warttusch





sábado, 11 de dezembro de 2010

Quem Ama Inventa


Quem Ama Inventa

Quem ama inventa as coisas a que ama..

Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revôo sobre a ruinaria, 


No ar atônito bimbalhavam sinos,

Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações


Batendo juntos e festivamente,

Ou sozinhos, num ritmo tristonho... 
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!




Mário Quintana

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA

Texto de Luiz Antônio Simas

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".

Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.
Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

É Villa Lobos, cacete!

Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.

Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias o u coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não.
Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

Abraços,
Luiz Antônio Simas

(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio).




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

DILMA ROUSSEFF


  DILMA ROUSSEFF


Nos sentimos  muito felizes
Em toda nossa história,
Em toda a nossa história,
Uma mulher teve glória!

Escolhida pelo povo
Como a lei determina
É que foi eleita
Uma governanta feminina!

O prestígio que nos importa
A dignidade que regula,
Porque ela nos foi apresentada,
Pelo nosso querido Lula!

Do partido dos trabalhadores
Boas condições ela apresentou
E com o reconhecimento,
Os brasileiros ela conquistou!

Como uma heroína
Será a nossa governante
Com todo o seu prestígio
Neste País belo e gigante!

E no seu governo
Estará tudo seguro
E temos muitas esperanças
Que teremos um grande futuro


Ela é alguém de luta
E luta, constantemente
Para um grandioso progresso
De toda a nossa gente!

Senhora Dilma Rousseff
Com muita alegria te saudamos
És uma admirável pessoa
Que todos nós conclamamos!

Esse país rico e belo
Cheio de encantos e flores
És uma governante
Do Partido dos Trabalhadores!

Aos nossos adversários
Lutaram como gladiadores
Mas quem conquistou a vitória,
Foi o “Partido dos Trabalhadores”

João Luiz Alves.

O poeta é militante do PT há 20 anos.
Morador de Gaspar – SC.
O Sr João é trabalhador da linha de chão de fabrica,
e nas suas horas de folga escreve poesias.
Todas são lidas nas reuniões do Diretório Municipal
Do PT de Gaspar









 Arquiva no teu coração

Linda

Menina dos encantos envolventes
linda, linda, linda, linda de encantar
me dê este teu sorriso de presente
que viverei somente para te cantar

Se for música evangélica tudo bem, porque sei que vc sabe.
Acho que falta um pedaço da poesia ....




"Algumas pessoas creram que poderiam 
cultivar a felicidade em um laboratório. 
Isolaram-se do mundo, baniram as pessoas 
complicadas de sua história e as dificuldades 
de sua vida. Gritaram: "Estamos livres de 
problemas!" Mas a felicidade sumiu e 
deixou-lhes um bilhete: 


"EU APRECIO O CHEIRO DE GENTE E ME 
DESENVOLVO EM MEIO AOS 
TRANSTORNOS DA VIDA"

Augusto Cury.

Neste Natal vamos... Multiplicar Amor

Neste Natal vamos...
Multiplicar Amor
Que nossas mãos possam ser portadoras de paz..
De afagos...
De carinho...
Que escorra delas os mais límpidos sentimentos..
de bálsamos...
de alívio...
de força...
de luz...
Que possam ser espraiados na terra árida...
fazendo germinar o amor entre as pessoas...
Multiplicando cada melhor essência de nós...
Fazendo-nos fortes ao meio à tempestade...
Deixando-nos ver o sol que nasce...
Que rompe a noite...
Que se faz dia...
Que se faz belo...
Que se faz vida!
Que se chama amor...
Jane Lagares

O Valor da Amizade

O Valor da Amizade

Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado. Era necessário chamar ajuda por um rádio. Ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local. Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria, devido aos traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas como? Após alguns testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía o sangue preciso. Reuniram as crianças e, entre gesticulações, arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecer e que precisariam de um voluntário para doar o sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino chamado Heng. Ele foi preparado às pressas, ao lado da menina agonizante, e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele mantinha-se quietinho e com o olhar fixo no tecto. Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico perguntou-lhe se estava a doer, e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou a perguntar, e novamente ele negou. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecer com Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele explicando-lhe algumas coisas, e o rostinho do menino foi-se aliviando.Minutos depois ele estava novamente tranquilo. A enfermeira então explicou aos americanos:
- Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido o que vocês disseram e achava que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer.

O médico aproximou-se dele e, com a ajuda da enfermeira e perguntou:
- Mas, se era assim, porque é que você se ofereceu a doar seu sangue?
E o menino respondeu, simplesmente:
- ELA É MINHA AMIGA...
Autor desconecido

sábado, 4 de dezembro de 2010

Bon Jovi - Hallelujah

BEE GEES ~ HEARTBREAKER ~

BEE GEES ~Rest Your Love On Me ~

Bee Gees - Alone(Live)

Olivia Newton John Rest Your Love On Me Live With Andy Gibb

Olivia Newton John Rest Your Love On Me Live With Andy Gibb

Depois de se falar tanto em mensalão...
É bom ler isso pra saber quem recebeu dinheiro pra fazer campanha.

Secretariado custeou reeleição do governador de RR

A campanha à reeleição do governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), teve como doadores secretários estaduais e empreiteiras que mantêm contratos com o governo. Dos dez nomes que figuram na lista de doadores individuais disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas três não integram o primeiro escalão, mas mantêm ligações com Anchieta. O governador, contudo, diz que não vê ilegalidade nas doações de seus auxiliares nem pretende fazer alterações em sua equipe.
Entre os três que não são da equipe de Anchieta está Alexander Ladislau Menezes, que é seu advogado e doou R$ 18 mil. Francisco Djalma Brasil de Lima, que contribuiu com R$ 20 mil, administra uma empresa que tem negócios com o Estado, e Elenilza Guerreiro de Brito é mulher do secretário de Saúde, Rodolfo Pereira. Ela colaborou com R$ 3 mil.
Pereira fez sua própria doação, no valor de R$ 14 mil, menos que o secretário-adjunto de Saúde, Alexandre Salomão, que injetou R$ 20 mil. A pasta está atolada em denúncias de descarte de medicamentos dentro do prazo de validade para supostamente permitir novas licitações fraudadas.
Também contribuíram para a reeleição do governador o secretário de Fazenda, Leocádio Vasconcelos (R$ 40 mil); o secretário de Obras, Carlos Wagner Bríglia Rocha (R$ 18 mil); o vice-presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), Cláudio Galvão dos Santos (R$ 9 mil); o controlador-geral, Luís Renato Maciel de Melo (R$ 20 mil), e o procurador-geral, Francisco das Chagas Batista (18 mil). Todas as doações foram depositadas em dinheiro na conta da campanha.
Obras do PAC
Das oito empresas, duas realizam obras milionárias em Roraima. A CMT Engenharia fez uma transferência eletrônica de R$ 300 mil. A empreiteira é responsável pela ampliação e modernização do sistema de abastecimento de água de Boa Vista. O contrato com o governo é de aproximadamente R$ 240 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ela também toca um trecho das obras de recuperação da BR-174, no valor de R$ 118 milhões, financiada pelo Ministério dos Transportes.
A Via Engenharia fez três transferências, que somam meio milhão de reais. A empresa é responsável pelo segundo trecho de recuperação da BR-174, ao custo de R$ 119 milhões. Nos dois contratos, da Via Engenharia e da CMT, auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de sobrepreço.
Outro financiador do tucano é o Banco BMG, cujo nome foi relacionado ao escândalo do mensalão do PT. A instituição fez uma transferência eletrônica no valor de R$ 50 mil. Os principais gastos da campanha, segundo as planilhas do TSE, foram com aluguel de veículos, impressão de materiais de propaganda e pagamento de cabos eleitorais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"TALVEZ SE O TEMPO FOSSE DONO DA PRÓPRIA EXISTÊNCIA,
O VERDADEIRO SENTIR SERIA APENAS UM DETALHE
QUEM DERA VIVER O TEMPO, COMO O PRÓPRIO TEMPO,
SEM PRESSA, CONSTANTE, SÓLIDO, SEM TEMER OBSTÁCULOS
TÃO POUCO SER VENCIDO POR QUALQUER QUE SEJA A BARREIRA
VIVER COMO O TEMPO, SEMPRE PRESENTE, MESMO QUE EM SILÊNCIO EM ACALENTO,
EM EMOÇÃO, EM VIVER O SIMPLES DA VIDA,
NÃO POR VIVER APENAS MAS,
VIVER PARA SER MARCANTE E ETERNO COMO SÓ O TEMPO PODE SER..."


"HÁ TANTOS MOMENTOS DESPREZÍVEIS EM NOSSAS VIDAS,
QUE A TANTO SENTIMOS COMO SE O MUNDO ACABASSE, E QUE NADA TEM SENTIDO.
SE VISTOS COM ALMA E CORAÇÃO, VEREMOS QUE ESTES MOMENTOS,
SÃO AQUELES EM QUE ESQUECEMOS O AMOR E A ETERNIDADE,
MOMENTOS EM QUE A CEGUEIRA DESTE MUNDO TÃO DESERTO NOS TOMA NA HIPOCRISIA E IGNORÂNCIA DO QUERER SEMPRE MAIS,
QUANDO O BELO E VERDADEIRO ESTÁ SIMPLICIDADE DO SENTIR"


Um Grande abraço do amigo Poeta, o CHANCELER FABIO RAMOS

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Paulo Freire


O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo

Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Biografia
Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, numa família de classe média. Com o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai, quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. Suas idéias pedagógicas se formaram da observação da cultura dos alunos – em particular o uso da linguagem – e do papel elitista da escola. Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês. No ano seguinte, o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido. Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de enfarte.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A WILD BLUMEN




Entrevistando A wild Blumen, a Angie Christie Waltz 


(Por Diego EL Khouri)

"A wild Blumen


Pseudônimo de alguém que já viveu

 intensamente e chegou à última
 temporada aqui na terra,
A  Wild foi guitarrista pioneira
 em bandas punks quando isso estava
longe de virar moda entre globais.
 Foi produtora e empresária além
 de promotora de eventos.
Também na contra cultura,
foi atriz de teatro,  compositora,
poetisa, escritora, tradutora
 e intérprete nos idiomas inglês,
 italiano, alemão e espanhol.
Cursou filosofia, sociologia,
 psicologia e jornalismo sem ter
se graduado, graduando-se por
 necessidade de concurso público
 apenas em letras inglês/português,
sempre mais fiel ao estilo fanzine
que à literatura, outra de suas paixões
. Especializou-se em inglês,
 psicopedagogia, redação jornalística
, e iniciou Mestrado em educação
em Língua Estrangeira interrompido
 por graves problemas de saúde.
 Sempre atuou em voluntariado
além de empregos convencionais.
 Inquieta, ativista, e polêmica,
continua incluindo na rede pública
 e ONGs o incentivo a arte sem
 preconceitos através de fanzines e blogs."
Angie Christie Waltz 
 1-   Nessa sociedade onde se valoriza
 as coisas temporais e não atemporais,
 onde a filosofia é vista com olhos tortos
 e a poesia  de forma marginalizada e
 excluída, como acreditar mesmo assim
 nesse mundo tecnocrático, pragmático,
 frio e insensível?

       Olha, isso eu não aprendi.
 Na verdade eu me esforço em entender
 as mensagens de meus ídolos para acreditar
em milagres, acreditar no sonho, acreditar
 e acreditar, enfim, a única coisa que levo
 desta última temporada é que os poetas,
 os sensíveis, tentaram alertar os materialistas
 para o lado mais artístico, metafísico
e mágico, mas a mente estreita da maioria
 de medíocres prefere a crença no crediário
e na alegria de um segundo de aquisição de
 bugigangas ou a adulação de presentinhos

 que quando cobrados tem um preço salgado