quinta-feira, 21 de julho de 2011


“Vaza, negão!”:policiais agridem jovem motivados por racismo

Agressão ocorreu durante o 24º Festival Internacional de Teatro Universitário 
19/07/2011
Elaine Tavares
 
Foi assim. Na branca Blumenau, Santa Catarina, noite de frio. A cidade vivia um evento de Teatro e havia muita gente de fora. Mas ninguém imaginava que aquilo iria acontecer, afinal, há quem acredite que este é um país de “democracia racial”. Não é. Nunca foi. Por isso que dois policiais militares se acharam no direito de agredir violentamente um homem pelo simples fato que era um negro e ousara falar como “gente” com eles.
Alexandre de Sena é um mineiro de Belo Horizonte que começou sua vida de trabalhador aos 16 anos, na Rede Ferroviária Federal. Mas o corpo magrinho sonhava com outros cenários. Queria ser ator. Então, foi fazer curso de teatro no Palácio das Artes e, ali, naquela casa de cultura e arte, descobriu também a música. A vida seguiu e ele é hoje um dos DJs mais festejados de BH, trabalhando com música de qualidade. Mas o teatro não saiu da vida e ele vai unindo tudo isso num processo criativo que não tem fim.
E foi por isso que veio parar em Blumenau, no 24º Festival Internacional de Teatro Universitário – FITUB. O dia tinha sido bom, cheio de beleza cênica e artística. Quando a noite veio, ele foi com dois amigos a uma loja de conveniências, onde outros fregueses se divertiam. Mas, ao que parece, em Blumenau, aglomeração de seres humanos – diferentes dos citadinos - é sinônimo de confusão. Vai daí que chegou uma viatura, com dois policiais, aos berros, mandando todo mundo sair dali.
Alexandre esperava os amigos que estavam dentro da loja e tentou argumentar com os homens fardados. Mas, aos gritos de “vaza, negão”, eles começaram a empurrar. Alexandre fincou pé e disse que não era assim que se tratava um homem de bem. Não foi preciso mais nada. Vieram os socos, os tapas, os pontapés. Não satisfeitos, os soldados ainda espancaram a cabeça de Alexandre com o cabo de uma escopeta. O jovem DJ pode até ter perfurado um dos tímpanos.
Feito isso, os policias se foram como se tivessem esmagado um verme. Para eles, não era gente. Era um negro, logo, podia ser feito saco de pancadas, sem que nada acontecesse. Alexandre é negro, sim, e um homem de bem. Foi na delegacia, prestou queixa, fez exame de corpo de delito, apresentou denúncia na corregedoria. Tudo o que deve ser feito. Seus colegas fizeram uma passeata na cidade, no dia seguinte, junto com outros manifestantes. Expressaram a revolta por viver num país que ainda expressa cotidianamente o racismo.
Ser negro no Brasil ainda é uma dureza, sim. O racismo velado, espiando pelas frestas, o racismo concreto que aparece na rua, na favela, na periferia. O racismo real que toma conta dos servidores públicos, que é o que são os soldados da PM. Esse racismo existe e se faz presente toda hora. Um negro não pode falar, não pode andar na rua à noite, não pode estar bem vestido numa esquina. “Vaza, negão!” Essa é a ordem.
O que passa é que a gente não aceita mais isso. Não haverá silêncio. Por Alexandre e por todos os negros deste país. Que ninguém mais permita coisas como essas. Nem em Blumenau, nem em lugar algum.
 




quarta-feira, 20 de julho de 2011

É fascinante o encanto que certas pessoas exercem sobre nós.
Algumas têm o dom da palavra.
Outras um sorriso que acolhe.
Há também as que são lindas de coração.
E quando uma reúne todas essas características?
São pessoas especiais. Belas em sua essência.
Ouvem quando só falamos.
Falam quando precisamos ouvir.
Andam ao nosso lado, mesmo distantes.
Nos conhecem melhor que nós mesmo.
Parceiros, companheiros, anjos, cúmplices... Amigos.
Feliz dia do amigo.

Texto publicado no facebook Priscila Ramos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011


Professora do RN que criticou a educação recusa prêmio de empresários
Publicado em 05/07/2011
 
 
Por que não aceitei o prêmio do PNBE


Oi,

Nesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.

Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.

Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.

Amanda


Natal, 02 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,
Professora Amanda Gurgel
 


6/6/2011 - - Sem Título!

É isso mesmo,pensei muito não achei um título para o meu manifesto: 
Queria poder falar com o Governador pessoalmente,sei que é impossível ele mal
recebe a classe mais importante do Estado,os EDUCADORES,imagina se vai me
receber,me ouvir,logo eu, mãe de aluno de Escola pública,que mal sabe se
expressar. No entanto:com vírgulas,assentos,parágrafos e erros dos mais
diversos colocados no meu desabafo,lá vai... Sr.Raimundo... Pobre de nossos
filhos,pobre de nosso futuro... Sem Educação!Vendo só corrupção... Sem
ESTADO!Que noção terão do mundo? Faixas negras como as dores... Sim são
elas! E não as crianças, que vejo nos corredores... Rostos amargos,aflitos
andando em procissão, Eu queria bandeiras brancas,mas o que desfila é um
cruel caixão! Oh Moreira! De outrora conheces bem,a luta,a batalha o
sofrimento... Se antes estavam só,sem amparo,engolindo um" te enganei!"
Agora nós e eles,a sociedade sabe, tem amparo de uma Lei! Marco Antonio
Tabaldi! No fundo,bem no fundo... Tu sabes,passou pela tua vida um
Professor... Abnegado,valente,pouco remunerado,quase um voluntário... Mas
ele foi nobre,guerreiro,competente, Fez de você um secretário! Raimundo... O
Sr. Teve um professor? Eu imagino que sim... Triste seria se tivesses que
provar, assim como o Tiririca...(personagem) Que teu cargo é de protesto,de
sabedoria poucos traços... Que ao invés de votar num político sábio,
Elegemos um palhaço! ( Meu respeito aos circences) Oh Pinho Moreira! As
salas estão vazias... Vazias de esperança! Arranque delas as negras faixas,
mande de volta as crianças... Pulando nos corredores,com alegres
professores, Com direitos respeitados... Do contrário Senhores
governantes,entraremos na peleia... Gritaremos todos juntos, Fechem logo as
escolas, E abram então CADEIAS.
Vania Casagrande Cichowicz Mãe de aluno da* E.E.Bom Pastor Chapecó SC.*


Marlene Madalena Possan Foschiera
047 9137 77 83
Itapema - Meia Praia- SC-Br
Precisamos uns dos outros.