quinta-feira, 13 de janeiro de 2011





As tragédias nos ensinam
 

Olhos desesperados 

Mundos acabados

Poeira, sujeira, tristeza 

Esta é a paisagem

De uma tragédia

Sem proporção 

Corpos de crianças

Jovens, homens e mulheres

Estendidos ao chão

Rosto em plena aflição

E o que fazer?

Apenas socorrer.

Orar para uns

Para outros rezar

E ficar a pensar. 

 

Um cenário de destruição 

Desespero, dor e tudo mais

Mas de repente uma esperança

Ao ouvir gritos de socorro

Da voz de uma criança

Debaixo de escombros 

Uma vida é salva

Entre tantos corpos estendidos

Mortos e feridos.

Somente uma única pergunta fica

Quem somos? 

Porque viver tanta ganância

Porque ser tão prepotente

Querer ser diferente

Se achar o melhor

Se num simples ruído

Todo castelo de arrogância

Que pelo tempo foi construído

Vai a baixo e nada fica!

 

São nas tragédias 

Que temos a oportunidade

De mudar a maneira de nos enxergar

Como também para os outros olhar,

Perceber que somos apenas

Seres humanos e nada mais

E que ser feliz é viver o amor

A vida aqui é apenas uma passagem

Sem hora prévia para a partida.

Ataíde Lemos
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