domingo, 13 de fevereiro de 2011

Início de ano conturbado paralisa Escola Frei Godofredo
Internet
Em reunião tensa na biblioteca da escola, professores decidiram manter a paralisação até segunda-fei Em reunião tensa na biblioteca da escola, professores decidiram manter a paralisação até segunda-fei / Foto: Jornal Metas
Falta de professores, indecisão na direção e a Escola de Educação Básica Frei Godofredo, no bairro Sete de Setembro, paralisou as atividades na primeira semana de aula. Uma confusão envolvendo a diretora do colégio e o quadro incompleto de funcionários levou o corpo docente a suspender as aulas até quarta-feira que vem. Porém, a assembléia de pais e professores, programada para segunda-feira, às 19h, pode reveter o quadro. O colégio começou o ano letivo com falta de professores para as séries iniciais do Ensino Fundamental, de filosofia, português, inglês, química, física e artes. Para evitar que os alunos ficarem sem ir para a escola, a direção decidiu remanejar os professores da casa para garantir pelo menos três aulas por dia. No enquanto, uma informação o colégio ficaria sem diretora na quarta-feira à noite foi a gota d'água para que uma paralisação de protesto ocorresse. Segundo as coordenadoras Sandra Luiza Wanzuit e Maria Inês Rosa Rodrigues, a diretora Viviana Maria Schmitt dos Santos, que assumiu a direção em janeiro, recebeu um comunicado oficial da Gerência de Educação que seria afastada da direção para retornar a sala de aula para lecionar química da Escola Honório Miranda. Revoltados, os professores se reuniram com o conselho deliberativo na quinta-feira e optaram pela suspensão das aulas. "Avisamos todos os pais, a imprensa, e passamos o telefone da ouvidoria do governo estadual e da SDR de Blumenau para explicações. As reclamações foram tantas que quinta-feira à tarde a Viviana estava de volta. A pressão deu certo", comenta Sandra Luiza. "Segunda e terça-feira não haverá aula. Eles precisam explicar o motivo da falta de tantos professores na Frei Godofredo, onde estudam 1,4 mil alunos e arrumar uma solução", informa o presidente do conselho, Evaristo Ludwig. "É inaceitável que a Secretaria Estadual de Educação ainda esteja contratando professores, deixando os alunos sem aula. Isso é falta de planejamento", desabafa Maria Inês. Segundo Viviana, a notícia que ela seria exonerada ocorreu por uma informação desencontrada na Gerência de Educação. Ela mantém o dia letivo na segunda e terça-feira, apesar de os professores anunciarem que não darão aula. "A escola estará aberta e a determinação é que tenha aula", resume.
Decisão só na segunda
A gerente de Educação Simone Malheiros e o secretário de Desenvolvimento Regional de Blumenau, Raimundo Mette, estiveram na Escola Frei Godofredo sexta-feira à tarde para negociar com os professores. Mette admite a falta de professores na rede estadual, mas pediu a compreensão dos funcionários e pais dos alunos. "Vamos dar um voto de confiança para o governador. Houve mudança de governo e alguns problemas sempre ocorrem na transição", afirmou. Já Simone Malheiros afirmou que em nenhum momento a Secretaria de Desenvolvimento Regional destituiu Viviana da direção do colégio. "Eu não sei de onde veio isso, mas ela sempre esteve no cargo. A escola tem direção, professores e precisa abrir as portas na próxima semana", declarou. Mesmo com a presença da SDR, os professores decidiram manter a paralisação, pelo menos até a assembleia com os pais na segunda-feira. O protesto ganhou o apoio do representante da APP, Sílvio Rovalino, que acompanhou a reunião. "A APP apoia a decisão dos docentes. Não aceitamos que as aulas comecem com a falta de tantos professores nas salas", comentou.

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