quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Faltam 13 professores na escola
Jornal Metas - SC
Professores retornaram às salas de aula nesta terça-feira, porém alguns pais decidiram na mandar seu Professores retornaram às salas de aula nesta terça-feira, porém alguns pais decidiram na mandar seu / Foto: Jornal Metas
As aulas na Escola de Educação Básica Frei Godofredo, bairro Sete de Setembro, retornam ao normal a partir desta quarta-feira. Normal para cerca de 70% dos alunos, pois os outros 30% devem continuar sem professores nesta semana. A falta de funcionários no quadro docente gerou um protesto de pais e professores que resultou numa paralisação de três dias.
A paralisação começou na sexta-feira e foi motivo de uma assembleia da APP (Associação de Pais e Professores) na segunda-feira à noite. Cerca de 150 pais estiveram na escola e conheceram a realidade da instituição. Faltam 13 professores no Ensino Fundamental e Médio, o que corresponde a cerca de 30% dos alunos. O déficit ainda somou a uma notícia que a diretora seria destituída, assunto já resolvido, gerando o protesto dos funcionários.
Responsáveis por um comunicado que interrompeu as aulas na quinta-feira, os professores decidiram retornar a sala de aula a partir da terça-feira. Porém, muitos pais decidiram manter o protesto e não levaram os filhos à escola, deixando a normalização para quarta-feira. A maioria das salas ficaram vazias na terça pela manhã e os alunos continuavam com dúvidas sobre o calendário letivo.
“Os alunos que vieram na terça-feira tiveram aulas. Todos foram atendidos. Mas muitos pais não levaram e mantiveram o que estava escrito no comunidado da semana passada: aula só na quarta”, comenta a coordenadora Sandra Luiza Wanzuit. “O importante é que a escola está aberta e os alunos estão dentro das salas aprendendo”, resume a diretora Viviana Maria Schmitt dos Santos.
O presidente da APP, Hamilton Graf, foi um dos pais que defendeu a manutenção do protesto até quarta-feira, independente da posição dos professores de voltarem para as salas de aula. Para ele, todo o manifesto deve servir para alertar as autoridades a não deixar mais faltar funcionários nas escolas no começo do ano, uma prática corriqueira.
“Todo ano eles dizem que a situação vai melhorar, mas isso nunca ocorre. As aulas acabam no começo de dezembro e só recomeçam em fevereiro. São dois meses para eles tomarem atitudes e impedir que as salas fiquem sem professores. Nós sabemos que ocorrem intervenções políticas nas escolas, isso precisa ser reduzido”, afirma.
Graf ainda questionou a segurança das crianaças e adolescentes na falta de professores: O que eles fazem? Nada. O aluno vai para a escola e não tem nehum responsável na sala. O que pode acontecer? Ele vai ficar na sala? no pátio? na rua? Onde fica a segurança?

SDR esteve na escola sexta-feira
A gerente de Educação Simone Malheiros e o secretário de Desenvolvimento Regional de Blumenau, Raimundo Mette, estiveram na Escola Frei Godofredo na última sexta-feira para negociar com os professores. Mette admitiu a falta de professores na rede estadual e informou que mais uma etapa da seleção de ACTs (Admissão por Contrato Temporário) ocorrerá nesta semana.
Já Simone Malheiros negou que a Secretaria de Desenvolvimento Regional tivesse destituído Viviana da direção do colégio, motivo que teria sido a gota d’água para a paralisação.
A gerente admitiu que a falta de funcionários no quadro de docentes ocorre em todo o Estado, inclusive em outras escolas de Gaspar.

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