Sou uma águia!' Tornei-me águia Sobrevivendo nas altas montanhas Mergulhei em minha plenitude E renovei-me na dor. Em cada vôo... .
(não sei quem é o autor)
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Governo estuda desonerações para banda larga custar R$ 15
30 de Novembro de 2010, por Blogs Amigos - Sem comentários ainda Visualizado 2 vezes
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Hoje é cara e lenta! |
O governo federal está trabalhando na desoneração de impostos como PIS e Cofins para aparelhos de modems e na concessão de incentivos fiscais para baratear o acesso aos serviços de internet em alta velocidade no país. As ações foram apresentadas hoje (30), durante a terceira edição do Fórum Brasil Conectado.
De acordo com Arthur Coimbra, membro do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital (CGPID), a desoneração de impostos para os modems, proposta conhecida como “Modem para Todos”, já foi aprovada pelo Ministério da Fazenda, e aguarda apenas a normatização. Já a formulação de um plano de incentivos fiscais federais e estaduais para possibilitar o acesso aos serviços de banda larga por cerca de R$ 15 já foi aprovada em reunião ministerial, mas ainda falta ser autorizada pelo Ministério da Fazenda.
Também estão sendo trabalhadas medidas para facilitar a atuação de micro e pequenas empresas prestadoras de serviço de acesso em banda larga, como o financiamento público e a desoneração de contribuições como Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).
Coimbra destacou que é preciso também discutir, no âmbito da reforma tributária, os impostos que incidem sobre serviços de telecomunicações no Brasil, que, segundo ele, estão muito acima das médias internacionais.
Outra ação necessária, segundo ele, é a liberação da faixa de frequência de 450 mega-hertz (MHz) para levar a banda larga para áreas rurais e escolas públicas. De acordo com Coimbra, essa faixa atualmente é utilizada pela Polícia Federal e algumas polícias estaduais. A migração deve levar de oito meses a dois anos, a um custo de US$ 40 milhões.
Na abertura do encontro, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, disse que o conselho diretor da agência deve ter uma definição sobre a destinação da faixa de 450 MHz na próxima semana e, até o fim do ano, sobre o Plano Geral de Metas de Universalização da telefonia fixa (PGMU 3). “Nossa meta é cumprir todos os os prazos previstos e oferecer ao Brasil um marco regulamentar tecnicamente consistente estável e duradouro.” Ele disse que espera iniciar 2011 com 50% das matérias relacionadas ao Plano Nacional de Banda Larga concluídas ou bem encaminhadas na Anatel.
O secretário especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, avaliou que houve avanços na área de regulamentação das questões envolvendo o Plano Nacional de Banda Larga. Segundo ele, até o fim do ano, a versão final do PGMU 3 será encaminhado para aprovação final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Fórum Brasil Conectado é um comitê formado por representantes de estados e municípios, do Legislativo, de operadoras, de fabricantes de equipamentos, de desenvolvedores de software, de produtores de conteúdo digital, de entidades de representação dos usuários e da sociedade civil. O objetivo do grupo é debater a implantação do Plano Nacional de Banda Larga no país, que pretende oferecer internet rápida a preços baixos.
Fonte: Agência Brasil
Médico naturalista ensina:
Um médico naturalista estava muito triste porque participou de congressos e, embora comprovados, os resultados não eram divulgados,
como ele disse 'NÃO DÁ IBOPE''. Então ensinou a fazer um exercício simples que evita problemas cardíacos.
1º. Antes do banho, exercitar a panturrilha (levantar o corpo na ponta dos pés), primeiro rápido até esquentar as panturilhas e depois uma sequência de 10 movimentos lentos.
Pronto. Esse exercício bombeia o sangue para o coração, melhora os batimentos cardíacos e evita obstrução das veias. Nos primeiros 6 meses, se a pessoa estiver com excesso de peso, ela emagrece da cintura para baixo e, nos 6 meses seguintes, da cintura para cima; depois de 2 anos, não engorda mais e, além de tudo, diminui o risco de uma cirurgia cardíaca que custa em média, hoje em dia, R $38.000,00 e, de um modo geral, os planos de saúde nem sempre pagam, melhora o problema de micro varizes;
2º. Ao chegar em casa, coloque os seus pés em uma bacia com água bem quente (o famoso escalda pés ). Além de relaxar, esse processo desencadeia a dilatação dos vasos sanguíneos dos pés, melhora o cabelo e melhora, inclusive, a visão.
Esse processo foi pesquisado com pessoas diabéticas e os resultados evidenciaram a melhora na circulação sanguínea, diminuindo os casos de gangrena; o quadro geral de saúde dos pesquisados melhorou e, como um fato relevante, a melhora da visão.
3º. Ao acordar, deitado de barriga para cima pedalar 120 vezes no ar. Esse exercício melhora o posicionamento da coluna e da postura, diminuindo ou retardando o encurvamento das costas e aliviando as dores nas costas.
4º. Ao perceber que a pressão subiu, coloque as pernas dentro de um balde com água muito gelada até os joelhos Permaneça nesta imersão por 20 min. Este processo fará com que o organismo, na busca de aquecer os membros inferiores, faça com que o acúmulo de sangue na cabeça desça, baixando a pressão.
Repassem aos seus contatos.
Um médico naturalista estava muito triste porque participou de congressos e, embora comprovados, os resultados não eram divulgados,
como ele disse 'NÃO DÁ IBOPE''. Então ensinou a fazer um exercício simples que evita problemas cardíacos.
1º. Antes do banho, exercitar a panturrilha (levantar o corpo na ponta dos pés), primeiro rápido até esquentar as panturilhas e depois uma sequência de 10 movimentos lentos.
Pronto. Esse exercício bombeia o sangue para o coração, melhora os batimentos cardíacos e evita obstrução das veias. Nos primeiros 6 meses, se a pessoa estiver com excesso de peso, ela emagrece da cintura para baixo e, nos 6 meses seguintes, da cintura para cima; depois de 2 anos, não engorda mais e, além de tudo, diminui o risco de uma cirurgia cardíaca que custa em média, hoje em dia, R $38.000,00 e, de um modo geral, os planos de saúde nem sempre pagam, melhora o problema de micro varizes;
2º. Ao chegar em casa, coloque os seus pés em uma bacia com água bem quente (o famoso escalda pés ). Além de relaxar, esse processo desencadeia a dilatação dos vasos sanguíneos dos pés, melhora o cabelo e melhora, inclusive, a visão.
Esse processo foi pesquisado com pessoas diabéticas e os resultados evidenciaram a melhora na circulação sanguínea, diminuindo os casos de gangrena; o quadro geral de saúde dos pesquisados melhorou e, como um fato relevante, a melhora da visão.
3º. Ao acordar, deitado de barriga para cima pedalar 120 vezes no ar. Esse exercício melhora o posicionamento da coluna e da postura, diminuindo ou retardando o encurvamento das costas e aliviando as dores nas costas.
4º. Ao perceber que a pressão subiu, coloque as pernas dentro de um balde com água muito gelada até os joelhos Permaneça nesta imersão por 20 min. Este processo fará com que o organismo, na busca de aquecer os membros inferiores, faça com que o acúmulo de sangue na cabeça desça, baixando a pressão.
Repassem aos seus contatos.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Marili Teresinha Vanso
Ritmo frenético de poeta.
Lançando sempre artigos,
matérias, poemas, ilustrações
por esse mundão de meu Deus.
Marili é um verdadeiro patrimônio
dos artistas.
Estou sempre aplaudindo esse
encanto de pessoa.
Faz vibrar minha mente,
faz vibrar meu coração.
Ela veio ao meu coração
fora de época, mas do jeito
que ela me envolve,
diria que foi um presente
de papai noel.
Cecilia Fidelli
Ritmo frenético de poeta.
Lançando sempre artigos,
matérias, poemas, ilustrações
por esse mundão de meu Deus.
Marili é um verdadeiro patrimônio
dos artistas.
Estou sempre aplaudindo esse
encanto de pessoa.
Faz vibrar minha mente,
faz vibrar meu coração.
Ela veio ao meu coração
fora de época, mas do jeito
que ela me envolve,
diria que foi um presente
de papai noel.
Cecilia Fidelli

PRECIOSO SER
"Se o mundo eu pudesse entender, não haveria razões pra sonhar, tão pouco lutar pelo incerto, o amor. Se eu pudesse entender as pessoas, não saberia o que é o incompreensível..
Por isso, talvez um poeta pudesse entender ou explicar amizade
Talvez um poeta apenas busque palavras, inspiração e até mesmo, respostas para o que parece inexplicável
Mas amizade, é uma mistura de emoções e sensações, verdadeira prova do sentir, a resposta ás incógnitas, do mistério que parece ser impossível desvendar, amizade é um tudo em um nada, é um universo em seu todo
É o natural em um complexo, é o extremo entre o todo, é tudo em nada, é simplesmente impar, e você é tudo isso pra mim, porque amizade vai além do que se pode sentir, amizade está na alma, está dentro de cada um de nós, amizade está além do que se pode imaginar,
E eu só quero buscar e viver o amor, saudar os amigos, sentir emoções, sensações, fazer a vida valer a pena, por isso viver em um mundo que não entendo, para viver a simplicidade de ser feliz.
Um grande abraço deste poeta
Fabio Ramos
**CHANCELER DAS ARTES
**ACADÊMICO DA ABLA – ACADEMIA BOITUVENSE DE LETRAS E ARTES
*MEMBRO POETAS DEL MUNDO
*MEMBRO PORTAL DO POETA BRASILEIRO
*MEMBRO DA REDE DE ESCRITORES DE COQUIMBO – CHILE
***Destaque na Academia Brasileira de Letras - Nov 2010***
Algumas atividades do Poeta
**Livros nacionais e internacionais
**Participação em eventos nacionais e internacionais de Artes
**Lançamento livros na Bienal de SP em 2010
**Congresso Brasileiro e encontro internacional de Arte
**Congresso Universal de Poetas no México em 2010
**Varal Literário na Suiça
oh! tempo porque vc nasceu tempo...
porque tem sobrenome de passado
e asas de saudades ?
oh! tempo de vc só nos resta recordações
e uma enorme saudade.....
tempo onde nosso mergulho
é arealidade do tempo vivido do presente restrito
e do futuro onde só o tempo saberá o que será de nós.
ary e janinha
só o tempo sabe deixar saudades eternas.
porque tem sobrenome de passado
e asas de saudades ?
oh! tempo de vc só nos resta recordações
e uma enorme saudade.....
tempo onde nosso mergulho
é arealidade do tempo vivido do presente restrito
e do futuro onde só o tempo saberá o que será de nós.
ary e janinha
só o tempo sabe deixar saudades eternas.
Obrigada ary e janinha!
Meu carinho pra vcs.
sábado, 27 de novembro de 2010
INCERTEZAS
INCERTEZAS
© FABIO RAMOS
Corredores escuros
Avenidas desertas, cidade morta
Todos julgam-se amigos, companheiros
E, mesmo assim
Tudo é em vão, tudo é inútil
O tempo é só, incrédulo da própria realidade
O tempo é só...
É só ele em seu silêncio
Sussurrando apenas aos sábios, as almas puras
Tudo o que sente, o que pensa
No vem e vai, nada fica, tudo um dia partirá
A felicidade é por pouco tempo
Ela chega, encanta, e desaparece
Some em meio a sonhos, ilusões...
Pensamentos...
Quem sabe,
O segredo de ser feliz, é desaparecer
Partir junto a ela, sem rumo, sem direção
Mesmo que...
Uma vida toda, um passado por inteiro fique para traz
Mesmo que o destino torne-se incerto
E, o caminho obscuro, surpreso
Mesmo que tudo e todos
Contra o destino reajam, o julguem
Porque tudo vale, tudo se pode
Quando em meio a tantas incertezas
A grande razão de todas as loucuras
Seja um eterno amor
Um grande abraço deste poeta
Fabio Ramos
ACADÊMICO DA ABLA – ACADEMIA BOITUVENSE DE LETRAS E ARTES
CHANCELER DAS ARTES
*MEMBRO POETAS DEL MUNDO
*MEMBRO PORTAL DO POETA BRASILEIRO
*MEMBRO DA REDE DE ESCRITORES DE COQUIMBO - CHILE
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Amor no tempo de internet
* Por Silvana Alves.
O texto desta semana é baseado em uma história real. Uma paixão que nasceu durante um bate-papo via MSN. Eu já testei e confesso que não dá certo.
O olho no olho ainda é muito importante para saber com quem estamos falando, para saber de suas reações... Claro, para todas as regras há exceções. Mas na vida desse casal... Não passou de uma aventura, da parte dele.
@@@@@@@@@@
//
Você não precisa ficar triste a vida toda, com certeza! Orei o tempo todo para você ficar bem. Todos os dias seu nome está em minhas orações, sabe por quê? Porque eu quero vê-lo bem. Você sequer me deu a oportunidade de lhe mostrar que eu estava torcendo por você; porque nesse momento você estava sempre muito ocupado com trabalhos, claro. Eu paciente e sempre psicóloga entendi, porque eu queria tentar.
Mesmo quando eu estava no hospital, meus pedidos de oração foram todos para você. Pra você ficar bem. Você é livre para fazer o que quer da sua vida, assim como eu.... Mesmo sendo ignorada, fiquei atrás, como uma boba apaixonada aceitando suas lamentações. Não me arrependo, quando vivo, vivo intensamente, pois sei que quando algo bom chega para nossas vidas, tem um propósito. Não o acusei de nada, apenas desabafei, de maneira talvez errada, por não agüentar saber que você estava com alguém... Mas, mais errado é você ter se feito de vítima e coitado pra mim o tempo todo...
Na mesma hora que eu soube, fiquei muito chateada, e como você já me ignorava, fiquei pe da vida.... Gosto e respeito você... Mas se tem algo que não permito e nem admito em minha vida é a mentira. eu lembro de todas as nossas conversas, o quanto foi bom tê-lo um pouco mais perto.
.
Quando eu disse pra você crescer, é para você assumir seus atos e enfrentar a outra pessoa olho no olho. Comigo, você achou mais fácil via internet e a me ignorar. Apesar da mágoa, vou continuar a orar por você, não por eu ser pancada, mas por lhe querer bem, muito feliz... Nesse momento vou mentir pra mim mesma e tentar esquecê-lo. Sei que não vai ser fácil. Sinto ter terminado dessa maneira. Está doendo e vai doer por um tempo. E não precisa dizer que me entende e me respeita. O que tenho em mim é maior que seus sentimentos.
* Jornalista formada pela FATEA (Faculdade Integrada Teresa D´Ávila). Duas palavras falam por mim: vida e poesia.
* Por Silvana Alves.
O texto desta semana é baseado em uma história real. Uma paixão que nasceu durante um bate-papo via MSN. Eu já testei e confesso que não dá certo.
O olho no olho ainda é muito importante para saber com quem estamos falando, para saber de suas reações... Claro, para todas as regras há exceções. Mas na vida desse casal... Não passou de uma aventura, da parte dele.
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Você não precisa ficar triste a vida toda, com certeza! Orei o tempo todo para você ficar bem. Todos os dias seu nome está em minhas orações, sabe por quê? Porque eu quero vê-lo bem. Você sequer me deu a oportunidade de lhe mostrar que eu estava torcendo por você; porque nesse momento você estava sempre muito ocupado com trabalhos, claro. Eu paciente e sempre psicóloga entendi, porque eu queria tentar.
Mesmo quando eu estava no hospital, meus pedidos de oração foram todos para você. Pra você ficar bem. Você é livre para fazer o que quer da sua vida, assim como eu.... Mesmo sendo ignorada, fiquei atrás, como uma boba apaixonada aceitando suas lamentações. Não me arrependo, quando vivo, vivo intensamente, pois sei que quando algo bom chega para nossas vidas, tem um propósito. Não o acusei de nada, apenas desabafei, de maneira talvez errada, por não agüentar saber que você estava com alguém... Mas, mais errado é você ter se feito de vítima e coitado pra mim o tempo todo...
Na mesma hora que eu soube, fiquei muito chateada, e como você já me ignorava, fiquei pe da vida.... Gosto e respeito você... Mas se tem algo que não permito e nem admito em minha vida é a mentira. eu lembro de todas as nossas conversas, o quanto foi bom tê-lo um pouco mais perto.
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Quando eu disse pra você crescer, é para você assumir seus atos e enfrentar a outra pessoa olho no olho. Comigo, você achou mais fácil via internet e a me ignorar. Apesar da mágoa, vou continuar a orar por você, não por eu ser pancada, mas por lhe querer bem, muito feliz... Nesse momento vou mentir pra mim mesma e tentar esquecê-lo. Sei que não vai ser fácil. Sinto ter terminado dessa maneira. Está doendo e vai doer por um tempo. E não precisa dizer que me entende e me respeita. O que tenho em mim é maior que seus sentimentos.
* Jornalista formada pela FATEA (Faculdade Integrada Teresa D´Ávila). Duas palavras falam por mim: vida e poesia.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Betinho

Betinho
O Irmão do Henfil
I
Lá pros rumos das Alterosas
terra onde Tiradentes nasceu
uma alma pra lá de corajosa
mineiramente santa apareceu
Vento, lindo sumano cabano
sei que tu já ouvistes falar
de um amigo dos dominicanos
menino de sonhar, agir, lutar
Homem que já lá na juventude
sabia muito bem se posicionar
numa União Católica de Atitude
a nossa lendária Ação Popular
Desde a época universitária
ele já dava um claro sinal
de ser defensor da agrária
pra paz reinar no meio rural
Lá pro meio dos anos sessenta
este guerreiro da Ação Popular
viu uma quartelada vil, nojenta
golpear o governo de João Goulart
Claro que eu falo dum mineirinho
um menino de extrema convicção
carinhosamente chamado de Betinho
belo exemplo de indignado cidadão
Nem a sua hereditária hemofilía
conseguiu sequer lhe esmorecer
pois combateu com muita ousadia
os militarescos donos do poder
Esse irmão do artista Chico Mário,
na noite tenebrosa de escuridão
foi um revolucionário, libertário
que enfrentou a mais dura repressão
Homem de paciencia e persistencia
foi como bravo militante popular
um dos dos símbolos da resistencia
que combateu o regime militar
Perseguido, partiu como exilado
pro Chile onde também viu acontecer
um outro golpe militar de estado
chefiado pelo fascista Pinochet
Do Chile, de Allende golpeado
Betinho sai por ai, por acolá
cassado, perseguido, refugiado
na França, Estados Unidos, Canadá
Vento, tu que também te indignas
quando alguém agride algum teu rio
lembras João Bosco e Elis Regina,
pedindo a volta do irmão do Henfil?
Lembras da canção popularizada
em bares, pastorais e sociais
e nas comunidades das caminhadas
da companheirada de guerra e paz ?
Tempos da baioneta, fuzil, porrete
e a terra em que Cabral invadiu
sonhava ao som do rabo de foguete
com a volta desse irmão do Henfil
Vento, eu sei que como ativista
tu assobiando lá pra imensidão
tangias o Bêbado e o Equilibrista
caminhando, cantando essa canção
Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara
O Irmão do Henfil
I
Lá pros rumos das Alterosas
terra onde Tiradentes nasceu
uma alma pra lá de corajosa
mineiramente santa apareceu
Vento, lindo sumano cabano
sei que tu já ouvistes falar
de um amigo dos dominicanos
menino de sonhar, agir, lutar
Homem que já lá na juventude
sabia muito bem se posicionar
numa União Católica de Atitude
a nossa lendária Ação Popular
Desde a época universitária
ele já dava um claro sinal
de ser defensor da agrária
pra paz reinar no meio rural
Lá pro meio dos anos sessenta
este guerreiro da Ação Popular
viu uma quartelada vil, nojenta
golpear o governo de João Goulart
Claro que eu falo dum mineirinho
um menino de extrema convicção
carinhosamente chamado de Betinho
belo exemplo de indignado cidadão
Nem a sua hereditária hemofilía
conseguiu sequer lhe esmorecer
pois combateu com muita ousadia
os militarescos donos do poder
Esse irmão do artista Chico Mário,
na noite tenebrosa de escuridão
foi um revolucionário, libertário
que enfrentou a mais dura repressão
Homem de paciencia e persistencia
foi como bravo militante popular
um dos dos símbolos da resistencia
que combateu o regime militar
Perseguido, partiu como exilado
pro Chile onde também viu acontecer
um outro golpe militar de estado
chefiado pelo fascista Pinochet
Do Chile, de Allende golpeado
Betinho sai por ai, por acolá
cassado, perseguido, refugiado
na França, Estados Unidos, Canadá
Vento, tu que também te indignas
quando alguém agride algum teu rio
lembras João Bosco e Elis Regina,
pedindo a volta do irmão do Henfil?
Lembras da canção popularizada
em bares, pastorais e sociais
e nas comunidades das caminhadas
da companheirada de guerra e paz ?
Tempos da baioneta, fuzil, porrete
e a terra em que Cabral invadiu
sonhava ao som do rabo de foguete
com a volta desse irmão do Henfil
Vento, eu sei que como ativista
tu assobiando lá pra imensidão
tangias o Bêbado e o Equilibrista
caminhando, cantando essa canção
Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Caro Sr. Luiz Carlos Prates,
Caro Sr. Luiz Carlos Prates,
Me chamo Plínio, sou professor de História e, como tantos outros das camadas mais baixas da sociedade, consegui comprar um automóvel nos últimos anos devido à facilidade de crédito implantado pelo governo Lula. Assim como tantos outros, adquiri um carro popular, já com 4 anos de uso e sem qualquer acessório que produza maior conforto ou coisa do tipo.
Porém, gostaria de relatar algo que o Sr. provavelmente não sabe, ou tenta evitar saber, ao expor seus comentários ao vivo na TV. Da mesma forma que o governo do presidente Lula me permitiu adquirir um carro popular, também me permitiu continuar meus estudos. Durante este governo, graças aos investimentos em educação e apoio à pesquisa, foi possível a uma pessoa como eu, vinda de família pobre e do interior do estado de Minas Gerais, fazer o mestrado e hoje cursar o doutorado numa instituição pública federal de ensino superior.
Mais ainda, Sr. Luiz Carlos Prates, este mesmo governo me permitiu ascender socialmente e obter estabilidade ao ampliar as instituições de ensino comprometidas com a oferta de cursos técnicos e superiores, como as Universidades e os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, numa das quais hoje sou professor efetivo. Foram inúmeros concursos e a efetivação de milhares de docentes e técnicos nestas instituições. E é exatamente sobre este aspecto que gostaria de avançar na minha discussão.
O Sr. afirma que este governo permitiu a quem “nunca tinha lido um livro” adquirir um carro através do crédito fácil. Porém, esquece-se o Sr. de mencionar que este governo “espúrio” investiu mais em educação do que qualquer outro. Este mesmo governo deu acesso às camadas mais baixas da população aos bancos das universidades e permitiu a diversos jovens estudarem e terem uma profissão ao ampliar as escolas técnicas por todo país.
Não, Sr. Luiz Carlos Prates, estas pessoas que compram carros hoje não são tão “miseráveis” e “desgraçadas” quanto o Sr. pensa. Pelo contrário, estas pessoas compreendem melhor a sociedade em que vivem e os grandes ganhos que tiveram nos últimos anos.
Não, Sr. Luiz Carlos Prates, estes indivíduos não passeiam de carro para amenizar os conflitos entre maridos e esposas. Estes indivíduos saem para celebrarem, juntos, a felicidade de uma nova vida que se constrói. Não são pessoas frustradas, pelo contrário, são indivíduos REALIZADOS. Na verdade, frustrada é a elite que sempre teve este país nas mãos e que agora não consegue aceitar que as camadas mais pobres ascendam e passem a ter acesso àquilo que era tido como exclusividadedos grupos privilegiados economicamente.
Não, Sr. Luiz Carlos Prates, os acidentes nas rodovias não acontecem por causa destes “miseráveis” e “desgraçados”. São diversos os motivos dos acidentes, entre eles, o excesso de velocidade daqueles que podem adquirir os modelos de automóveis mais luxuosos e velozes e que, mesmo com toda a tecnologia de seus carros, também não conseguem “vencer as curvas” e outras barreiras que possam aparecer – entre elas, veículos de indivíduos inocentes.
Por fim, caro Sr. Luiz Carlos Prates, gostaria de informar-lhe que consegui trocar de carro. Ainda circulo por aí, nas tão movimentadas estradas do país, com um automóvel popular, mas já mais novo e com algum conforto a mais que o primeiro. Eu, minha esposa e minhas lindas filhas estamos felizes com o nosso automóvel, com a nossa casa ainda alugada e com as viagens que podemos fazer. Espero que o Sr. reflita sobre o quão preconceituoso e desvinculado da realidade foi o seu comentário que ganhou repercussão por todo o país.
Sem mais, despeço-me aqui. Um cordial cumprimento deste homem proprietário de um humilde carro popular comprado graças ao crédito fácil com parcelas a perder de vista, mas feliz.
Guanhães/ MG, 19 de novembro de 2010.
Plínio Ferreira Guimarães
@mestrekohl
O Conversa Afiada reproduz texto do blogueiro sujo Eduardo Guimarães:
O Conversa Afiada reproduz texto do blogueiro sujo Eduardo Guimarães:
MATHEUS LEITÃO
O homem fardado e a declaração na foto acima correspondem a Otávio Frias de Oliveira, o falecido fundador do jornal Folha de São Paulo. Imagem e palavras pertencem a momentos distintos de sua vida. Todavia, unidas explicam por que seu herdeiro Otavio Frias Filho, o “Otavinho”, foi resgatar em arquivos dos órgãos de repressão da ditadura militar as desculpas usadas por esta para prender e torturar Dilma Vana Rousseff, a presidente eleita do Brasil.
Frias de Oliveira lutou na Revolução Constitucionalista de 1932, que tentou dar um golpe de Estado contra Getúlio Vargas. Coerente com seu apreço pelo militarismo e pela derrubada de governos dos quais não gostava, apoiou o golpe militar de 1964. Nesse período, a Folha de São Paulo serviu de voz e pernas para os ditadores que se sucederiam no poder ao exaltá-los e ao transportar para eles seus presos políticos até os centros de tortura do regime.
No dia 21 de setembro de 1971, a Ação Libertadora Nacional (ALN) incendiou camionetes da Folha que eram utilizadas para entregar jornais. Os responsáveis acusavam o dono do jornal de emprestar os veículos para transporte de presos políticos. Frias de Oliveira respondeu ao atentado publicando um editorial na primeira página no dia seguinte, sob o título “Banditismo”.
Eis um trecho do texto:
“Os ataques do terrorismo não alterarão a nossa linha de conduta. Como o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender que no Brasil não há lugar para ele. Nunca houve. E de maneira especial não há hoje, quando um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social-realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama. [...] Um país, enfim, de onde a subversão -que se alimenta do ódio e cultiva a violência – está sendo definitivamente erradicada, com o decidido apoio do povo e da imprensa, que reflete os sentimentos deste. Essa mesma imprensa que os remanescentes do terror querem golpear.”
(Editorial: Banditismo – publicado em 22 de setembro de 1971; Octavio Frias de Oliveira).
O presidente da República de então era Emílio Garrastazu Médici. Nomeado presidente pelos militares, comandou o período mais duro da ditadura militar. Foi a época do auge das prisões, torturas e assassinatos de militantes políticos de esquerda pelo regime.
Apesar dos elogios de Frias de Oliveira à ditadura, segundo a Fundação Getúlio Vargas foi no governo Médici que a miséria e a concentração de renda ganharam impulso. O Brasil teve o 9º Produto Nacional Bruto do mundo no período, mas em desnutrição perdia apenas para Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e Filipinas.
O uso político que o jornal Folha de São Paulo começou a fazer neste sábado das desculpas da ditadura para prender e torturar impiedosamente uma garota de 19 anos que lutava para libertar seu país do regime de exceção constitui-se, portanto, em uma vingança póstuma de um homem que dedicou sua vida à uma luta incessante contra a democracia, obviamente por acreditar que o povo não sabia votar.
——
Folha de São Paulo
20/11/2010
Dilma tinha código de acesso a arsenal usado por guerrilha
Revelação foi feita em 1970 sob tortura por ex-colega da petista na luta armada e confirmada por ele em entrevista
Grupo VAR-Palmares guardava em imóvel 58 fuzis e 4 metralhadoras; armamento foi roubado de batalhão do ABC
MATHEUS LEITÃO
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA
A presidente eleita, Dilma Rousseff, zelava, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985).
Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de “dinamite granulada” e 30 frascos com substâncias para “confecção de matérias explosivas”, como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições.
A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de “reservado”, até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar.
Trata-se de depoimento dado em março de 1970 por João Batista de Sousa, militante do mesmo grupo de guerrilha do qual Dilma foi dirigente.
Sob tortura, ele revelou detalhes do arsenal reunido para combater a repressão e disse que Dilma tinha recebido a senha para acessá-lo.
Quarenta anos depois, Sousa confirmou à Folha o que havia dito aos policiais -e deu mais detalhes.
Dilma já havia admitido, em entrevista à Folha em fevereiro, que na juventude fez treinamento com armas de fogo. O documento do STM, porém, é a primeira peça que a vincula diretamente à ação armada durante a ditadura.
Procurada pela Folha, a presidente eleita não quis falar sobre o assunto.
O armamento foi roubado do 10º Batalhão da Força Pública do Estado de São Paulo em São Caetano do Sul (SP), de acordo com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).
A ação ocorreu em junho de 1969, mês em que as organizações VPR e Colina se fundiram na VAR-Palmares.
Sousa disse que foi responsável por guardar o arsenal após a fusão. Com medo de ser preso, fez um “código” com o endereço do “aparelho” -como eram chamados os apartamentos onde militantes se escondiam.
Para sua própria segurança e do arsenal, Sousa dividiu o endereço do “aparelho” em Santo André (SP) em duas partes.
Assim, só duas pessoas juntas poderiam saber onde estavam as armas. Uma parte da informação foi entregue a Dilma, codinome “Luisa”. A outra, passada a Antonio Carlos Melo Pereira, guerrilheiro anistiado pelo governo depois de morrer.
O documento registra assim a informação: “Que, tal código, entregou a “Tadeu” e “Luisa”, sendo que deu a cada um uma parte e apenas a junção das duas partes é que poderia o mencionado código ser decifrado”.
“Fiz isso para que Dilma, minha chefe na VAR, pudesse encontrar as armas”, diz, hoje, Sousa.
Tido pelos colegas como um dos mais corajosos da VAR-Palmares, Sousa afirma ter sido torturado por mais de 20 dias. Ficou quatro anos preso e, hoje, pede indenização ao governo federal.
Aposentado, depois de trabalhar como relações públicas e com assistência técnica para carros no interior de São Paulo, ele diz ter votado em Dilma. Na entrevista, chamou a presidente eleita de “minha coordenadora”.
“PONTOS”
Sousa contou que tinha três “pontos” -como eram chamados os locais e horas de encontro na clandestinidade- com Dilma nos dias seguintes à sua prisão. Mas disse que não entregou as datas e endereços durante as sessões de tortura -inclusive com choques elétricos na “cadeira do dragão”.
Sousa participou de operações armadas, como assaltos a bancos e mercados. “Informava todas as ações para Dilma com três dias de antecedência”, declarou.
Com a “dinamite granulada”, por exemplo, ele afirma ter feito bombas com canos de água “cortados no tamanho de quatro polegadas, com pregos dentro”.
Quando 18 militares à paisana cercaram seu “aparelho”, Sousa os recebeu com rajadas de metralhadoras e com as bombas caseiras. Um militar ficou ferido.
Os agentes conseguiram uma trégua após duas horas de intenso tiroteio.
Sousa diz que, meses depois, Dilma contou a ele que, quando ele não apareceu nos encontros previstos, ela usou o código para pegar o arsenal: Dilma e Melo encontraram a casa perfurada de balas e a rua semelhante a uma trincheira de guerra, com enormes buracos.
O depoimento registra 13 bombas jogadas contra os militares. Com um vizinho, Dilma e Melo descobriram que o companheiro esquerdista havia sido levado vivo pela repressão.
domingo, 21 de novembro de 2010
Amor é síntese
Amor é síntese
Por favor não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braço
E eu serei perfeito amor.
Mário Quintana
orkut - meu orkut
Quem Ama Inventa
Quem ama inventa as coisas a que ama..Talvez chegaste quando eu te sonhava.Então de súbito acendeu-se a chama!Era a brasa dormida que acordava...E era um revôo sobre a ruinaria,No ar atônito bimbalhavam sinos,Tangidos por uns anjos peregrinosCujo dom é fazer ressurreições...Um ritmo divino? Oh! SimplesmenteO palpitar de nossos coraçõesBatendo juntos e festivamente,Ou sozinhos, num ritmo tristonho...Ó! meu pobre, meu grande amor distante,Nem sabes tu o bem que faz à genteHaver sonhado... e ter vivido o sonho!
Mário Quintana
Por falar em plenitude
Cassiano Leonel Drum]
Liberato Vieira da Cunha
Por falar em plenitude
Esqueci uma palavra. O outro dia me perguntaram numa entrevista quais os vocábulos da língua portuguesa de que mais gostava e servi ao interrogante uma longa lista, pois meu ofício é navegar nas correntezas do idioma. E eis senão que agora, de repente, descubro que me perdi de uma essencial.
É a palavra plenitude.
Concedo que não é muito usada. Desconfio também que muitos não saibam o que quer dizer. Eu poderia neste instante ir ao dicionário mais próximo e transmitir sua clássica definição. Suspeito porém que não pode ser descrita. Pois plenitude escapa a qualquer conceituação. Plenitude é um sentimento.
Percebo a visita da plenitude quando a bordo de uma sinfonia de Beethoven, de um concerto de Bach, de uma ária de Mozart. Deixo de ser eu próprio para embarcar em tons e acordes que me conduzem a labirintos de mim mesmo que nem eu conhecia.
Me vejo imerso em plenitude quando um livro me absorve de tal forma que não sou eu que o leio, é ele que me lê e desvenda quartos fechados de minha alma. A vida deixa de ser realidade para transformar-se em aparência de concretude.
Me surpreendo acompanhado de plenitude quando mergulho na completude de uma tela e em seus mistérios disfarçados de lógica ou de claridade.
Já me exilei do mundo contemplando a vastidão do Pacífico e me identificando tão pequeno como numa jangada perdida, sem rumo nem norte.
Mas não conheço melhor tradução de plenitude do que esta que se reflete no fundo de teus olhos claros, como se não houvesse no universo maior beleza ou mais imenso enigma.
liberato.vieira@zerohora.com.br
Liberato Vieira da Cunha
Por falar em plenitude
Esqueci uma palavra. O outro dia me perguntaram numa entrevista quais os vocábulos da língua portuguesa de que mais gostava e servi ao interrogante uma longa lista, pois meu ofício é navegar nas correntezas do idioma. E eis senão que agora, de repente, descubro que me perdi de uma essencial.
É a palavra plenitude.
Concedo que não é muito usada. Desconfio também que muitos não saibam o que quer dizer. Eu poderia neste instante ir ao dicionário mais próximo e transmitir sua clássica definição. Suspeito porém que não pode ser descrita. Pois plenitude escapa a qualquer conceituação. Plenitude é um sentimento.
Percebo a visita da plenitude quando a bordo de uma sinfonia de Beethoven, de um concerto de Bach, de uma ária de Mozart. Deixo de ser eu próprio para embarcar em tons e acordes que me conduzem a labirintos de mim mesmo que nem eu conhecia.
Me vejo imerso em plenitude quando um livro me absorve de tal forma que não sou eu que o leio, é ele que me lê e desvenda quartos fechados de minha alma. A vida deixa de ser realidade para transformar-se em aparência de concretude.
Me surpreendo acompanhado de plenitude quando mergulho na completude de uma tela e em seus mistérios disfarçados de lógica ou de claridade.
Já me exilei do mundo contemplando a vastidão do Pacífico e me identificando tão pequeno como numa jangada perdida, sem rumo nem norte.
Mas não conheço melhor tradução de plenitude do que esta que se reflete no fundo de teus olhos claros, como se não houvesse no universo maior beleza ou mais imenso enigma.
liberato.vieira@zerohora.com.br
sábado, 20 de novembro de 2010
O caráter na formação da imagem jornalística
Enviado por luisnassif, sab, 20/11/2010 - 22:49Autor da primeira matéria da Folha sobre a ficha de Dilma Rousseff na Justiça Militar, o repórter Matheus Leitão poderia colher depoimentos em casa sobre a tortura. Poderia entrevistar sua mãe Mirian Leitão, que falaria sobre as torturas que sofreu na prisão, de como quase deu à luz seu primeiro filho na cadeia.
Seria uma maneira de humanizar o relato e de convencer Otávio Frias Filho de que se o jornalismo é o exercício do caráter - como dizia Cláudio Abramo - jamais um jornal poderá moldar o seu caráter em cima da exploração abjeta de temas fundamentais, como a tortura.
Por mais que existam divergências políticas, há limites civizilatórios que não podem ser ultrapassados. Sob pena do caráter do jornal ficar indelevelmente marcado pela chaga da vilania.
Seria uma maneira de humanizar o relato e de convencer Otávio Frias Filho de que se o jornalismo é o exercício do caráter - como dizia Cláudio Abramo - jamais um jornal poderá moldar o seu caráter em cima da exploração abjeta de temas fundamentais, como a tortura.
Por mais que existam divergências políticas, há limites civizilatórios que não podem ser ultrapassados. Sob pena do caráter do jornal ficar indelevelmente marcado pela chaga da vilania.
Os documentos sobre Dilma
Enviado por luisnassif, sex, 19/11/2010 - 09:13 Por Nilson Fernandes
Atualizado
Sob torturaDocumentos da ditadura dizem que Dilma assessorou assaltos a bancos
Publicada em 18/11/2010 às 23h37m
Evandro Éboli e Jailton de Carvalho
BRASÍLIA - Liberados para consulta nesta quinta-feira pelo Superior Tribunal Militar (STM), os dezesseis volumes de documentos com páginas já amareladas e gastas que contam a história do processo movido pela ditadura militar contra a presidente eleita Dilma Rousseff descrevem a ex-militante como uma figura de expressão nos grupos em que atuou, que chefiou greves e "assessorou assaltos a bancos", e nunca se arrependeu.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar contra os integrantes do grupo de esquerda VAR-Palmares, Dilma é chamada de "Joana D'Arc da subversão". "É figura feminina de expressão tristemente notável", escreveu o procurador responsável pela denúncia.
O GLOBO teve acesso aos autos a partir de autorização do presidente do STM, ministro Carlos Alberto Marques. A decisão foi assinada no mesmo dia em que o plenário da Corte liberou o acesso dos autos ao jornal "Folha de S.Paulo", que antes da eleição tentara consultar o processo. Dilma apresentou nesta quinta-feira um pedido para também ter acesso aos autos. O presidente do STM determinou que seja dada prioridade à requisição da presidente eleita. Ela já havia pedido acesso aos autos durante a eleição, mas ele fora negado.
Em depoimento à Justiça Militar, em 21 de outubro de 1970, Dilma contou ao juiz da 1ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar que foi seviciada quando esteve presa no Dops, em São Paulo. O auditor não perguntou quais tinham sido as sevícias. No interrogatório, Dilma explicou ao juiz por que aderiu à luta armada. O trecho do depoimento é este: "Que se declara marxista-leninista e, por isto mesmo, em função de uma análise da realidade brasileira, na qual constatou a existência de desequilíbrios regionais de renda, o que provoca a crescente miséria da maioria da população, ao lado da magnitude riqueza de uns poucos que detêm o poder e impedem, através da repressão policial, da qual hoje a interroganda é vítima, todas as lutas de libertação e emancipação do povo brasileiro. Dessa ditadura institucionalizada optou pelo caminho socialista".
Sem participação ativa nas ações
Os arquivos trazem ainda cópia do depoimento que Dilma prestou em 1970 ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), delegacia em que ela ficou presa e foi torturada. No interrogatório realizado no dia 26 de fevereiro daquele ano, Dilma, sob intensa tortura, segundo o depoimento, listou nomes de companheiros, indicou locais de reuniões, e admitiu que uma das organizações da qual fazia parte, o Colina, fez pelo menos três assaltos a banco e um atentado a bomba. Mas ressalvou que nem ela nem o então marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, tiveram "participação ativa" nas ações.
No interrogatório no Dops, Dilma contou que o atentado a bomba foi praticado na casa do interventor do Sindicato dos Metalúrgicos em Minas Gerais, e que atingiu também a casa do delegado regional do Trabalho. As residências eram contíguas.
Em um trecho do depoimento, Dilma disse que uma de suas funções em organizações de combate à ditadura era organizar células de militantes. Teria sido encarregada de distribuir dinheiro aos grupos. O dinheiro teria sido arrecadado em ações dos movimentos.
Os documentos relatam que Dilma começou a ser "doutrinada para o credo ideológico marximalista" (sic) por Cláudio Galeno, em Belo Horizonte, quanto atuavam na Polop, em 1967. Anos depois, na VAR-Palmares, Dilma foi a São Paulo e assumiu atividade de colegas que estavam para cair (serem presos). Dilma foi professora de marxismo e em sua casa foram apreendidos materiais para falsificação, panfletos e livros considerados subversivos.
Antes de seguir para São Paulo, Dilma e o marido passaram pelo Rio, em 1969. Sem conseguir, de início, um aparelho para morar, viveram num hotel em Laranjeiras. A Polop, movimento em que atuavam, passou a se chamar Colina. Dilma traduziu livros para os companheiros e foi cobrir pontos e contatos. Foi usada certa vez como "araque", para atrair e despistar a atenção dos militares enquanto companheiros faziam reuniões.
Dilma era deslocada para outros pontos do país para fortalecer a atuação do Colina e arregimentar companheiros. Foi ao Rio Grande do Sul, onde a atuação de seu grupo era fraca e não havia militantes suficientes. Depois, foi cumprir o mesmo papel em Brasília e Goiânia.
Em junho de 1969, teria participado da reunião que tratou da fusão do Colina com a VPR, no Rio. Dilma contou que, em outro encontro, um companheiro falou da realização de uma "grande ação" que iria render bastante dinheiro para os cofres da organização. Essa ação, soube Dilma depois, tratava-se do assalto à residência de Ana Capriglione, ex-secretária do ex-governador Ademar de Barros.
Elogio à "dotação intelectual"
Num relatório sobre guerrilheiros da VAR-Palmares, o delegado Newton Fernandes, da Polícia Civil de São Paulo, traça um perfil de 12 linhas sobre Dilma. Segundo ele, ela era "uma das molas mestras e um dos cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pelas esquerdas radicais". O delegado diz que a petista pertencia ao "Comando Geral da Colina" e era "coordenadora dos Setores Operário e Estudantil da VAR-Palmares de São Paulo, como também do Setor de Operações".
"É antiga militante de esquemas subversivo-terroristas", diz o delegado. No texto, elogia a capacidade intelectual da guerrilheira: "Trata-se de uma pessoa de dotação intelectual bastante apreciável". No documento, o delegado pede a prisão preventiva de Dilma e mais 69 acusados de atividades subversivas contra o governo.
Em maio de 2008, Dilma falou no Senado sobre o período em que foi torturada. Questionada pelo senador Agripino Maia, que relembrou uma entrevista em que ela dizia ter mentido na prisão, Dilma afirmou que foi "barbaramente torturada" e respondeu:
- Não é possível supor que se dialogue com pau de arara ou choque elétrico. Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira - disse Dilma, que emocionou a plateia que a ouvia na ocasião. - Eu tinha 19 anos. Fiquei três anos na cadeia. E fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogador compromete a vida dos seus iguais. Entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador. Porque mentir na tortura não é fácil. Na democracia se fala a verdade. Na tortura, quem tem coragem e dignidade fala mentira. E isso, senador, faz parte e integra a minha biografia, de que tenho imenso orgulho. E completou: - Aguentar tortura é dificílimo. Todos nós somos muito frágeis, somos humanos, temos dor. A sedução, a tentação de falar o que ocorreu. A dor é insuportável, o senhor não imagina o quanto.
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/11/18/documentos-da-ditadura-dizem-que-dilma-assessorou-assaltos-bancos-923053274.asp
Por Cafezá
Há um detalhe a ser observado. Dilma foi presa aos 19 anos de idade. Ou seja, o período maior de sua atuação nos grupos de esquerda da época ocorreu quando era menor de idade. Além disso, na época em que atuou e foi presa, a emancipação civil feminina se dava aos 21 anos. Nem por isso, a Globo e a Folha respeitam o sigilo das informações e as divulgam como forma de desprestigiar a presidente eleita. A torpeza dessa atitude é chocante. Mencionar publicamente informações colhidas sob tortura não deveria ter sido permitido, a não ser com a expressa autorização formalizada de Dilma. O sigilo desse tipo de informação também deve ser mantido tendo em vista o resguardo da integridade emocional daqueles que sofreram um tipo de crime que figura como um dos mais brutais da humanidade.
A grande canção “Sabe Moço” de Francisco Alves presenteou mais um momento.
(...) E andei mil peleias em lutas brutas e feias.
Desde o começo até o fim
Sabe moço depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões pra caudilhos coronéis
Vi cintilarem anéis assinatura em papéis
Honrarias para heróis
É duro moço olhar agora prá história
E ver páginas de glórias e retratos de imortais
Sabe moço fui guerreiro como tantos
(...) E andei mil peleias em lutas brutas e feias.
Desde o começo até o fim
Sabe moço depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões pra caudilhos coronéis
Vi cintilarem anéis assinatura em papéis
Honrarias para heróis
É duro moço olhar agora prá história
E ver páginas de glórias e retratos de imortais
Sabe moço fui guerreiro como tantos
Que andaram nos quatro cantos
Sempre seguindo um clarim
E o que restou, ah sim
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou pra mim
Ah sim
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou pra mim
Artigo: Dia de Consciência Negra
O sistema escravagista instalado no Brasil foi uma forma extrema de exploração da espécie humana por membros da mesma espécie, fazendo do semelhante uma propriedade. Todavia, os primeiros sinais de resistência surgiram ainda nos navios. Foram registradas várias revoltas, como a do navio L’Africain, em 1738.
A prática de aborto, para não dar à luz um filho escravo, o suicídio e a greve de fome foram recursos de resistência que prejudicavam os senhores do regime escravagista brasileiro. Outra forma de resistência eram as fugas, as quais deram origem aos quilombos. O mais conhecido deles foi o de Palmares, verdadeiro sistema de produção alternativo à sociedade colonial, que resistiu por quase 100 anos.
Após a “abolição”, o povo negro continuou resistindo à dominação. Um exemplo foi a Revolta dos Marinheiros Negros, liderada por João Cândido em 1910. Pela cultura também houve resistência. Caso das organizações carnavalescas, como o Afoxé Filhos de Gandhi, em Salvador, de 1949, ligado às greves dos estivadores do Porto de Salvador. Esses irmãos eram trabalhadores organizados na Bahia.
Entretanto, donde vinha a força para resistir até a morte? Uma das fontes dessa força foi, sem dúvida, a religião. Mais especificamente do Candomblé. Sempre houve uma íntima ligação entre o Candomblé e as lutas de resistência do povo negro. Muitas histórias de formação de quilombos na Bahia estão ligadas à constituição de um terreiro, solo sagrado.
O espaço do candomblé é a natureza. É uma religião ligada à terra. Celebrar a comunhão com os orixás é receber a “axé” (força) da natureza para resistir e contra qualquer sistema opressor que negue vida, justiça, pão, universidade, paz e liberdade. Participar do terreiro é assumir o compromisso com a luta pela libertação. E hoje esse terreiro engloba toda a Terra, que mesmo ferida pelo modelo econômico que vigora, permanece, com a ternura e beleza de Yemanjá, a Mãe sempre pronta para amamentar seus filhos e filhas. Axé!
CÉLIO RIBEIRO|Padre e professor universitário
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