sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cassiano Leonel:

QUANDO DÓI O CORAÇÃO...
Quando dói o coração,
todo o corpo dói.
Por que permitimos que as
pessoas entrem
assim tão dentro da gente a ponto
de saírem
carregando um pedaço de nós
quando partem?
Por que nos damos tanto,
nos entregamos tanto,
nos deixamos tanto em mãos não
tão cuidadosas dos nossos sentimentos?

Deveríamos aprender a ficar
na margem,
olhando de longe a paisagem calma
e nos satisfazer dessa visão,
como quem se fascina com
uma miragem.
Mas não nos satisfaz olhar.
Humanos que somos,
precisamos absolutamente sentir,
ao risco de nos afogar...
e mergulhamos inteiramente.

E, vida afora,
vamos mergulhando em promessas
de amor eterno,
felicidade infinita e mar de rosas.
Não nos questionamos sobre
probabilidades de perdas e decepções,
pois só de pensar já é doloroso.

Dói... dói... dói e dói!...
Mas isso não vai nos impedir de continuar,
não vai nos impedir de viver.
Pedaços de nós são ainda partes
de nós e ninguém disse que
precisamos chegar
à velhice inteiros e sem marcas.

Isso é vida!!! Não desistir,
manter-se de pé, doendo,
mas de pé,
cabeça erguida na direção do desconhecido
e peito cheio de esperança
que a próxima vez será diferente.

Grandes artistas obtiveram o
melhor das suas
obras nos grandes momentos de
aflição e dor.
Faça o mesmo:
Mostre o que de grande há
em você tirando partido das
suas decepções!

Construa-se!!!

Tenha em mente que não é você
que não foi digno daquele amor,
mas aquele amor que não foi
digno de você.
E se faz parte da vida
caminhar entre flores e espinhos,
não se esquive do caminho.

Caminhe!!!

Amanhã talvez seja diferente.
E talvez não.
Mas entre as subidas e descidas,
você vai ter sobrevivido.
E vai ter, sobre tudo, vivido.

* Letícia Thompson *

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