quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

     3- Fale sobre seu trabalho de tradutora
  e dos livros que te inspiram a criar.

      Eu  sempre traduzi porque fui alfabetizada
 em inglês. Meu pai era muito culto, embora
 excêntrico, um homem que saía da Paulista
 pra ficar numa chácara no meio do nada em
 Eldorado - SP. Ele aprendeu 5 idiomas, dos
quais eu domino apenas 3. Mas como o rock
 é mais inglês e o inglês americano, e eu vivi
 muito com estudantes de intercâmbio indo e
 vindo e hoje todo mundo tem noções de inglês
 até em escola pública, mas nos anos 80 e 90 só
 uma minoria dominava o idioma,
 e assim eu era iludida e traduzia de graça
 e servia de intérprete para os que hoje
 escrevem errado até em português,
se achando o Shakespeare. Quando percebi
que tinha sido sumariamente deletada
 das panelinhas ''underground'' até por pessoas
que viviam na minha casa e eu considerava
como familiares, e me vi tendo que mudar
de emprego (fui escrava em banco)
 comecei a traduzir muitos manuais técnicos,
 e pela facilidade com que fazia isso logo
 consegui prestar consultoria, e aí cursei
 mais um curso, o único em que me graduei
 para prestar concurso, e assim consegui o
 título oficial de tradutora. Amo traduzir
porque eu aprendo de tudo um pouco:
medicina,
veterinária, leis de vários países,
culturas, e fico sabendo de detalhes das biografias.
 A mais emocionante pra mim, sem dúvida,
 foi a do Joey escrita por seu irmão Mitch.
Agora vou receber a do Marky (Ramone) e a do Lemmy (motörhead). Como nunca consegui publicar, assim que puder lanço num blogspot grátis pra quem quiser ler.

      Inspiração para criar meus contos,

poemas e crônicas são de pessoas que
encontro pela vida, situações que elas
 desabafam e outras idéias com as quais
sonho à noite.

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